30 de julho de 2014

importados desimportantes


Mais inútil do que repetir pra si mesmo
O frio que sentes no inverno
É sua falta de interesse
Pelo horizonte entre montanhas
Que ultrapassa esse inferno
Mas vocês só se importam
Com o hoje dos seus próprios pés
Não aonde eles vão pisar
Nem aonde vão te levar
E aos tropeços te entortar
Mas quem os vai avistar
E seus defeitos despistar
...

27 de julho de 2014

São tantas as coisas que me aborrecem

E tão poucos os motivos que as detém

Levam-me para o distante

Repleto de ninguém

Mas deixam-me tão perto de esperar

E viver esperando que algo mude esse desdém

São poucas palavras pra tantos significados

Motivos calados

E todas as coisas que por mais que queiras

É difícil expressar com elas

As palavras

Não existem pra serem guardadas

E sim pra serem gritadas
Se você sorrir com sinceridade que mal tem a maldade do olhar alheio?

26 de julho de 2014


Preciso aprender

a não dar valor á minha tristeza

Sei que te olho com rancor

É que eu não consigo entender

Sua falta de bons motivos pra manter

o seu sangue a correr.

Preciso aprender

A olhar além dessa vontade

De dias mais divertidos,

De lembrança e fertilidade

Que insistem em não voltar.



Longe daqueles passos frios

Que meu olhar não hesita perseguir

E que nunca dão sinais de voltar

Prendo-me a tolice de querer sentir

O que não consigo alcançar

E querer o que ainda não conheci

E mesmo que precisassem

Falar de mim pra ti

Nada de bom ousaria existir.

23 de julho de 2014

Sem entender



Deito e fecho os olhos

Diante das reflexões

Que nem consigo expressar

Mais um dia se encerra

Sem entender

Por que vivo a me difamar

No vapor dos meus suspiros

Procuro a resposta do desastre

Que é não encontrar a si mesmo

No escuro perverso que esconde o olhar

A vida às vezes parece difícil 
pelo fato de que ela deve fazer algum sentido 
Ser alguém parece ser um sacrifício 
Se fores tolo o suficiente para viver escondido 
deves ser mais tolo ainda pra enfrentar 
Constrangimentos que te envolvem 
e te impedem de continuar

(meu primeiro poema)